CLARO DIMINUI INVESTIMENTOS E DIZ SE PRETENDE COMPRAR A SKY

CLARO DIMINUI INVESTIMENTOS E DIZ SE PRETENDE COMPRAR A SKY

A América Móvil ainda está revisando os investimentos previstos para 2017, mas o montante deverá ficar 10% menor do que em 2016, entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões, disse o presidente-executivo da companhia, Daniel Hajj. Segundo o executivo, os investimentos foram bem administrados em 2015, por isso será possível reduzir agora.


O fato de diminuir os investimentos não é importante, disse ele, porque a companhia está aplicando os recursos com mais eficiência. Uma das estratégias da América Móvil é ter as melhores rede, cobertura e qualidade, no fixo e no wireless, afirmou, acrescentando que ainda é possível avançar mais nisso neste ano nos mercados de atuação da empresa.



Ativos da AT&T

A dona de Net, Embratel e Claro no Brasil afirmou não ter interesse em adquirir os ativos de televisão da AT&T no Brasil, que são comercializados por meio da marca Sky. Por conta da aquisição da Time Warner nos Estados Unidos, a AT&T pode ter de se desfazer da Sky no Brasil. “Não estamos interessados. Não sei se outras empresas estão interessadas ou tentando consolidar o mercado”, afirmou Hajj.


A compra da Time Warner pela AT&T, se aprovada pelo governo americano, provocará mudanças no Brasil. A legislação brasileira não permite que uma empresa do setor de telecomunicações detenha participação em empresas que fornecem programação de TV. A Time Warner é responsável pela programação de canais como HBO, CNN, TNT e Cartoon Networks.


A Net, do grupo América Móvil, lidera o mercado brasileiro de TV paga, com 52,4% da base total de 18,9 milhões de assinantes no país, de acordo com dados de novembro de 2016. A Sky, segunda maior empresa de TV por assinatura do setor, tem fatia de 28,1%, seguida por Telefônica (9,27%) e Oi (6,75%).


O executivo traça um panorama mais positivo para a operação brasileira neste ano. “Em minha visão, o Brasil atingiu o fundo do poço, mas [a situação macroeconômica] deve melhorar com o tempo”, afirmou. Com a atual infraestrutura, a América Móvil acredita que poderá tirar vantagem da recuperação econômica. O diretor operacional Oscar Von Hausk acrescentou que a companhia viu melhora na dinâmica do mercado brasileiro no quarto trimestre. “Temos uma grande chance de ter um bom ano no Brasil.”

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