O promissor mercado de TV por assinatura brasileiro deverá conhecer em breve um novo operador: a Dish, de TV paga via satélite (DTH).
Terceira maior operadora dos Estados Unidos, onde tem cerca de 15 milhões de assinantes, a Dish é a principal concorrente da Directv, que no Brasil opera com a marca Sky.
A Dish, que também atua no México, é uma empresa do grupo EchoStar. A EchoStar também controla a Hughes Network, empresa que explora serviços via satélite.
No ano passado, a Hughes chamou a atenção do mercado brasileiro ao comprar a posição satelital 45º Oeste, que cobre o Brasil, vencendo disputa com a Sky em concorrência promovida pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
A Hughes pagou US$ 90 milhões pela posição satelital, um valor considerado muito alto pelo mercado, 3.500% acima do lance mínimo estabelecido pela Anatel.
A compra da posição satelital foi interpretada como uma movimentação da Dish para entrar no mercado de TV paga brasileiro, que vem crescendo acima de 30% ao ano.
Neste ano, as suspeitas se confirmaram. Em abril, a Hughes movimentou um satélite que cobria o território mexicano para a posição 45º Oeste. Assim, ganhou tempo: lançar um novo satélite para essa posição levaria até quatro anos.
Nos últimos meses, segundo o noticiário especializado Tela Viva, a Dish negociou com possíveis parceiros no Brasil, para não ter que entrar no mercado nacional começando do zero.
As conversas, conforme a Tela Viva, ocorreram com a Oi, mas avançaram com a Telefônica/Vivo, que tem 659.428 assinantes no país, e um acordo deve ser anunciado nos próximos dias.
A chegada da Dish ao Brasil foi um dos assuntos mais quentes dos bastidores da feira e congresso da ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura), ocorrida na semana passada em São Paulo.
A Sky possui 4,5 milhões de assinantes no Brasil. É a segunda maior operadora _a primeira é a Net, com 6 milhões.